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Algumas dores são antigas demais para caber no silêncio.
Outras encontram abrigo em palavras lançadas ao céu.
Desde criança, Sol foi ensinada a conversar com o universo.
Em vez de diários, ela escrevia cartas para as estrelas, um costume herdado da avó, que a ensinou a transformar ausência em luz.
Mas o tempo passou e agora, com a perda da avó, Sol se fechou para tudo. Até para o céu. Jogou as cartas fora. Deixou que o rio as levasse. Calou sua esperança. Ou ao menos, era o que acreditava.
Até começar a receber as respostas. Cartas assinadas por uma “estrela”. Escritas por alguém que não deveria conhecê-la tão bem, mas conhece.
Luan sempre a observou de longe. Ela, tão cheia de luz, ele, tentando não apagar.
Quando encontrou as cartas, foi nas palavras que também encontrou coragem para se aproximar e consolar. Sem assinatura, sem promessas. Apenas a verdade escrita como quem quer ser o céu para alguém.
E quem sabe o céu tenha escutado e decidido unir suas constelações.